quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Futebol=Negócio lucrativo, "para ambos"

Já se passou o tempo em jogadores de futebol competiam por paixão, comprometimento, amor a camisa que vestiam e ao clube que defendiam. A seleção Tricampeã do Mundo de 1970 no México é um exemplo. Pelé, Carlos Alberto Torres, Jair e companhia jogavam por música e amor. Não podemos esquecer de jogadores como Garrincha, Falcão, Sócrates e tantos outros que jogavam por uma paixão. Mas esse tempo passou, ficou na história e dificilmente volta.
Hoje, o futebol se tornou uma grande mercadoria, mas põe grande nisso. Jogadores talentosos, e, clubes ambiciosos, ficam milionários da noite para o dia. E aí amigo, quando o que está em jogo é grana, não há paixão que resista.

E a bola da vez no "mercado do futebol" foi ele, Ronaldinho Gaúcho. Uma novela que durou quase um mês, tem seu final na tarde desta quarta-feira, com sua apresentação oficial como novo jogador do Flamengo. Grêmio, Flamengo, Palmeiras e por baixo dos panos o Corinthians, disputavam o jogador num verdadeiro leilão, do tipo, "o jogador está aí, quer der mais leva", "Dou-lhe uma, Dou-lhe duas. Quem dá mais! Vou vender!" organizado por Assis, irmão e empresário de Ronaldinho.


A questão envolvia também o Milan, clube italiano que tinha contrato com o jogador por mais seis meses, e alguns milhões de euros. E aí pouco importou se Ronaldinho, que foi criado no Grêmio, queria jogar pelo clube que o revelou, ou trabalhar novamente com Luiz Felipe Scolari, o Felipão, como na copa do mundo de 2002 em que foram campeões. O dinheiro falou mais alto e Ronaldinho foi para o Flamengo.
Isso prova que o futebol é um negócio lucrativo. E pode sim ser para ambas as partes. Vejamos:
Com toda essa novela o Milan saiu ganhando oito milhões de euros para liberar Ronaldinho. O Flamengo pagando este valor tem, por quatro anos, o passe daquele que já foi o melhor jogador do mundo. E o Grêmio, o qual sua torcida ficou enfurecida com o caso e chamou Ronaldinho e Assis de Mercenários, ainda acaba ganhando. O tricolor gaúcho, como clube formador de Ronaldinho, tem direito a receber 5% sobre qualquer transação envolvendo o jogador. Teria, portanto, direito a receber em torno de 400 mil euros, (quase 1 milhão de reais) do Flamengo ou do Milan.
E então, o futebol é ou não é um "negócio lucrativo". E desta vez só não foi para ambas as partes por que o único que saiu perdendo foi o Palmeiras. Felipão ficou indignado com Assis e desabafou: “No futebol atualmente é muita sem-vergonhice”.


Esse é o mundo da bola. O mercado da bola, que da voltas e mais voltas. Porém no Brasil ainda não podemos generalizar. Pois são raros os jogadores que resistem a tentadoras propostas do futebol exterior, mas existem. Um exemplo recente foi o atacante Neymar do Santo Futebol Clube, que na metade do ano passado, recusou uma proposta de 20 milhões de euros do Chelsea da Inglaterra. Que sirva de exemplo as promessas do nosso futebol.

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