sexta-feira, 13 de julho de 2012

Brasas do passado


O ar gelado dos Pampas,
Remete ao cheiro campeiro.
É lenha queimada, polenta sapecada
E um mate verdadeiro.

Quando se caminha pela rua é aquela fumaceira.
Seja sábado, domingo, segunda ou quarta-feira.
O cheiro é uma beleza verdadeira.
E te digo amigo: "Não vem da churrasqueira".

A caminhada segue rumo a conquista.
No caminho nem cusco me atrapalha.
Nos pinheiros são só as bochas,
Que a gralha na grama estraçalha.

Lá por trás daquelas pedras
Corre um rio de águas limpas,
Mas na verdade é uma sanga
Em que os poços tão cheio de grimpa.

Aí me bateu um desespero
Quando vi aquele monte de pinhão.
Lá em cima não tem mais nada.
Ta tudo apodrecendo no chão.

Quem me dera se eu pudesse
Nesta mesma ocasião,
Voltar lá da cidade
E fazer roncar meu velho fogão.

By: Acácio Ludvig & Fábio R. Bollis
Foto: Vinícius Augusto

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