segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

você é jovem ainda?!

O poder e a beleza da juventude. Os jovens estão inflenciando diretamente os habitos de consumo no mundo todo!
É possível ser jovem a vida toda sim. Basta querer!


Entender a evolução do mundo é uma busca que pode nos manter jovens pra sempre!


Como diria Roberto Gómez Bolaños, o Chaves:
Se você é jovem ainda, jovem ainda, jovem ainda,
Amanhã velho será, velho será, velho será!
A menos que o coração, que o coração sustente
A juventude, que nunca morrerá!


E você é joven ainda?

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

O pai perdoa

Neste dia de Reis nada melhor do que refletir um pouco sobre a vida. A seguir um dos classicos do jornalismo norte-americano, "Father Forghets" ("O pai perdoa").
O Pai Perdoa - Father Forgets - W. Livingston Larned
Escute, filho: enquanto falo isso, você está deitado, dormindo, uma mãozinha enfiada debaixo do seu rosto, os cachinhos louros molhados de suor grudados na fronte. Entrei sozinho e sorrateiramente no seu quarto. Há minutos atrás, enquanto eu estava sentado lendo meu jornal na biblioteca, fui assaltado por uma onda sufocante de remorso. E, sentindo-me culpado, vim para ficar ao lado de sua cama.


Andei pensando em algumas coisas, filho: tenho sido intransigente com você. Na hora que se trocava para ir a escola, ralhei com você por não enxugar direito o rosto com a toalha. Chamei-lhe a atenção por não ter limpado os sapatos. Gritei com você por Ter atirado alguns de seus pertences no chão.

Durante o café da manhã, também impliquei com algumas coisas. Você derramou o café fora da xícara. Não mastigou a comida. Pôs o cotovelo sobre a mesa. Passou manteiga demais no pão. E quando começou a brincar e eu estava saindo para pegar o trem, você se virou, abanou a mão e disse “Chau, papai !”e, franzindo o cenho, em resposta lhe disse: “Endireite esses ombros!”


De tardinha, tudo recomeçou. Voltei e quando cheguei perto de casa vi-o ajoelhado, jogando bolinha de gude. Suas meias estavam rasgadas. Humilhe-o diante de seus amiguinhos fazendo-o entrar na minha frente. As meias são caras - se você as comprasse tomaria mais cuidado com elas! Imagine isso, filho, dito por um pai!


Mais tarde, quando eu lia na biblioteca, lembra-se de como me procurou, timidamente, uma espécie de mágoa impressa nos seus olhos? Quando afastei meu olhar do jornal, irritado com a interrupção, você parou à porta: “O que é que você quer?”, perguntei implacável.

Você não disse nada, mais saiu correndo num ímpeto na minha direção, passou seu braços em torno do meu pescoço e me beijou; seus braços foram se apertando com uma afeição pura que Deus fazia crescer em seu coração e que nenhuma indiferença conseguiria extirpar. A seguir retirou-se, subindo correndo os degraus da escada.


Bom, meu filho, não passou muito tempo que meus dedos se afrouxaram, o jornal correu por entre eles, e um medo terrível e nauseante tomou conta de min? O hábito de ficar achando erros, de fazer reprimendas - era essa a maneira que eu o vinha recompensando por ser uma criança. Não que não o amasse; foto é que eu esperava demais da juventude . Eu o avaliava pelos padrões da minha própria vida .


E havia tanto de bom, de belo e de verdadeiro no seu caráter. Seu coraçãozinho era tão grande quanto o sol que subia por detrás das colinas. E isto eu percebi pelo seu gesto espontâneo de correr e de dar-me um beijo de boa noite. Nada mais me importa nesta noite, filho. Entrei na penumbra de seu quarto e ajoelhei-me ao lado de sua cama, envergonhado !


É uma expiação inútil; sei que, se você estivesse acordado, não compreenderia essas coisas. Mas amanhã eu serei um pai de verdade! Serei seu amigo, sofrerei quando você sofrer, rirei quando você rir. Morderei a língua quando palavras impacientes saírem da minha boca. Eu irei dizer e repetir, como se fosse um ritual: ” Ele é apenas um menino - um menininho ! ”


Receio que o tenha visto até aqui como um homem feito. Mas, olhando-o agora, filho, encolhido e amedrontado no seu ninho, certifico-me de que é um bebê. Ainda ontem esteve nos braços de sua mãe, a cabeça deitada no ombro dela. Exigi muito de você, exigi muito.

Os tipos de repórteres

Muito bem, ontem falei sobre o livro "Perguntar Ofende!" de José de Nello Marques, e citei na integra os tipos de entrevistados. Pois hoje veremos o outro lado.

os tipos de repórteres
 
Amigo: Não bastasse o relacionamento íntimo com o entrevistado fora dos microfones, leva isso para o ouvinte ou telespectador, como faziam alguns repórteres como Émerson Fittipaldi, abrindo a entrevista com algo do gênero: “E aí, Rato, tudo pronto?”.

Crica: Aquele que não está satisfeito com nenhuma resposta e em todas entra com perguntas do tipo: “O senhor poderia explicar melhor, detalhar isso, repetir ao ouvinte...”.


Distraído: Pergunta exatamente o que o entrevistado acabou de responder na questão anterior.


Empolgado: Quer mostrar erudição, ou realmente tem, mas coloca alguns chavões manjados, como: “Esta é a pergunta que não quer calar...”.


Importante: aquele que começa ou termina a entrevista dizendo: “Agora realmente a pergunta fundamental, a pergunta que não poderia falta...”.

Óbvio: Fica sempre naquelas perguntas normais, como se a pessoa está triste, alegre, contente, o que pensa etc.

Partidário: Começa sempre com : “O microfone está a sua disposição para os esclarecimentos necessários”.


Poliglota: Mal fala o português, mas na coletiva quer mostrar que tem conhecimento de outras línguas. Acaba virando chacota quando tem de fazer uma segunda pergunta.


Raivoso: Abre sempre com uma pergunta que atinge a garganta do entrevistado, como: “O senhor rouba mas faz?”.


Rapidinho: Quer fazer logo a entrevista, não tem paciência para ouvir e corta os colegas na coletiva.


Sabe nada: Começa sempre com: “o que o senhor acha?”.

Sabe tudo: Aquele que quer passar para o ouvinte ou telespectador que está por dentro do assunto. Faz uma enorme pergunta, contando os fatos para o entrevistado, e termina invariavelmente com: “Você não acha?”.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Os tipos de entrevistados

Começo de ano é sempre meio devagar. Muita gente tira férias, resolve viajar, curtir a praia, (ho que beleza) enfim, da aquela desligada geral no que está acontecendo no mundo.


Mas praticar a leitura sempre é importante. E numa dessas me deparei com o, belíssimo por sinal, livro " Perguntar Ofende! Perguntas cretinas que jornalistas não podem fazer (mas fazem)" de José Nello Marques.

Com passagens por jornais, diversas rádios e televisão, os mais de 35 anos de profissão do jornalista, ajudaram na elaboração deste livro que é praticamente um manual do que não se deve fazer em jornalismo. Melhor dizendo, do que o jornalista não deve perguntar em uma entrevista.


Recomendo o livro a todos que vivem o jornalismo diário, também aos futuros jornalistas como eu. José Nello Marques lista no final do seu livro o perfil dos dois lados de uma entrevista.

Os entrevistados e os repórteres.

Tipos de Entrevistados (segundo José Nello Marques )
 Dedo leve: Aquele que gost6a de ficar alisando o repórter, cutucando, colocando a mão no ombro e o pior de tudo: depois da pergunta, ele agarra o microfone. [Quando isso acontecer, pare a entrevista e diga que você segura o microfone por questões técnicas.]

Esgrima: O áspero, que responde querendo briga.


Negativo: Nega-se a responder qualquer assunto, ou responde monossilabicamente.

Quiabo: Queima todas as perguntas, sai fácil.

Sabonete: Sai liso das perguntas mais complicadas respondendo outras coisas.

Seboso: Aquele que fica cheio de sorrisos para “as” repórteres, gosta de cantar jornalistas e prefere as entrevistas individuais.


Soninho: Dá longas respostas para chegar ao ponto.

domingo, 2 de janeiro de 2011