Quando o último feixe de luz se perde no espaço tudo
volta ao início. Não há sol, não há lua, não há estrelas, não há luz alguma
pairando no ar. Poucos notam ou podem imaginar esse momento que é único e
parece não terminar.
Tudo se apagou!
A mente já está limpa, leve e fresca. O pensamento
renovado para iniciar mais uma jornada em busca do “novo”.
Nada tem forma, cor, cheiro, peso ou som. Tudo começa a
ser construído a partir deste instante e da maneira como aparecer, crescer e
for evoluído em nosso pensamento.
Somos nós que determinamos, ao menos neste instante, o
queremos ter em nosso mundo. Um mundo cheio de vida, cheio de diversidades,
cheio de recursos intermináveis. Um mundo de saúde, amores e muita paz entre os
criadores, seres humanos, fauna e flora. Enfim um mundo maravilhoso, mesmo
sendo quase que 100% utópico.
O momento é pra isso mesmo, pois no pensamento ninguém
pode nos deter. Apenas o tempo.
A noite se vai. Os primeiros raios de luz brilham no
horizonte pela manhã. Os objetos começam a tomar forma em todo lugar. Logo as
imagens do cotidiano ganham cor e tudo voltara a ter sentido para os seres
diurnos. Não que antes não tivesse, mas estavam ofuscados pela escuridão, pelas
trevas, pelo vazio que consomem suas mentes sem imaginação.
A luz voltou. O dia clareou. Tudo apareceu. Nada mais
precisa ser descoberto hoje. Adormeceremos no nascer do sol com a esperança de
acordar no escuro para descobrir o mundo que se transforma nas trevas. Descobrir
o mundo que cada um imagina no apagar da luzes.
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