quinta-feira, 4 de novembro de 2010

DESABAFO DE UM BOM MARIDO

DESABAFO DE UM BOM MARIDO
Luís Fernando Veríssimo


Minha esposa e eu sempre andamos de mãos dadas. Se eu soltar, ela vai
às compras.


Ela tem um liquidificador elétrico, uma torradeira elétrica, e uma
máquina de fazer pão elétrica.
Então ela disse: 'Nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar'.
Daí comprei pra ela uma cadeira elétrica.


Eu me casei com a 'Sra. Certa'. Só não sabia que o primeiro nome dela
era 'Sempre'.


Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la.
Mas tenho que admitir, a nossa última briga foi culpa minha.
Ela perguntou: 'O que tem na TV?' E eu disse 'Poeira'.


No começo Deus criou o mundo e descansou.
Então, Ele criou o homem e descansou.
Depois, criou a mulher. Desde então, nem Deus, nem o homem, nem o
Mundo tiveram mais descanso.


Quando o nosso cortador de grama quebrou, minha mulher ficava sempre
me dando a entender que eu deveria consertá-lo. Mas eu sempre acabava
tendo outra coisa para cuidar antes, o caminhão, o carro, a pesca,
sempre alguma coisa mais importante para mim. Finalmente ela pensou
num jeito esperto de me convencer.
Certo dia, ao chegar em casa, encontrei-a sentada na grama alta,
ocupada em podá-la com uma tesourinha de costura. Eu olhei em silêncio
por um tempo, me emocionei bastante e depois entrei em casa.
Em alguns minutos eu voltei com uma escova de dente e lhe entreguei.
'- Quando você terminar de cortar a grama,' eu disse, 'você pode
também varrer a calçada.'
Depois disso não me lembro de mais nada. Os médicos dizem que eu
voltarei a andar, mas mancarei pelo resto da vida'.




'O casamento é uma relação entre duas pessoas na qual uma está sempre
certa e a outra é o marido...

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